Contos da Cripta inéditos no Brasil

 

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E com vocês mais uma edição da Contos da Cripta, e essa aparentemente totalmente inédita no Brasil. Pelo menos a editora Record quando lançou a revista de curta duração nos anos 90 não publicou nenhuma dessas histórias em lugar nenhum. Nem a LPM ou a Veneta as aproveitaram em seus encadernados. Então esse número deve ser uma surpresa para muitos. 

Essa é a primeira capa da contos da cripta por WALLY WOOD, embora ele não ilustre nenhuma das histórias. A ilustração é sobre a última história, desenhada por Graham Ingels, e por uma grande coincidência nessa época de eleições municipais, trata-se justamente da disputa pelo poder numa cidadezinha norte-americana no fim do século XIX. E também por outra sinistra coincidência (pois estamos trabalhando nessa edição há mais um mês) trata de cancelamentos prematuros. A história inclusive pode ser entendida como uma das famosas críticas sociais de Bill Gaines, nesse caso sobre o preconceito contra suicidas, que na época não era permitido que fossem enterrados em "terreno consagrado", isto é, o cemitério de alguma igreja, pois suicídio seria "pecado mortal". Enfim, leiam mais esse conto epistolar e tirem suas próprias conclusões!

A primeira história é desenhada por JACK DAVIS, e foi uma das escolhidas para ser adaptada no filme VAULT OF HORROR (Chamado "A Cripta dos Sonhos", no Brasil), lançado pela produtora inglesa Amicus, em 1973. É mais uma história sobre vodu, coisa que realmente parecia encher a imaginação dos estadunidenses na década de 50. 

De resto, temos dois "estreantes" na revista. O primeiro é Howard Larsen, um nome menos conhecido dos quadrinhos, talvez por não ter trabalhado pras duas grandes (Marvel e DC), com muito mais serviço na Fiction House, Avon Comics e St. Johns Publishing. Ele que ilustra "Corpo Emprestado", mais uma história sobre adultério, assassinato e ganância. 

O segundo é GEORGE ROUSSOS, um nome bem mais conhecido de leitores de super-heróis, embora em geral para Marvel e DC ele tenha trabalhado mais como colorista e arte-finalista. Aqui vemos um de seus esforços como artista completo. CEMITÉRIO INDÍGENA também traz mais crítica social, desta vez sobre o desrespeito com os resquícios das antigas comunidades que habitaram o continente americano. Mas ao contrário da vida real, pelo menos nesses quadrinhos da EC, os gananciosos sempre ganhavam um justo castigo.