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Digitalização: Ronaldo Merh@j
Edição de Imagens e da capa: Nano Falcão
E com vocês o último número da primeira revista do Incrível Hulk! Pois é, minha gente, o gibi durou apenas seis edições! Os leitores de então, pelo visto, não recepcionaram com muito entusiasmo as aventuras do gigante verde. Talvez porque o personagem estivesse um pouco "a frente do seu tempo". Afinal, o Hulk não era exatamente um herói! Muito pelo contrário, além de ser perseguido pelo exército, o monstro manifesta diversas vezes que despreza os outros seres humanos e que deveria dominá-los. Se ele enfrenta "caras maus" é tão somente para salvaguardar a própria sobrevivência, isso quando não é colocado em rota de colisão com eles graças as artimanhas do seu alter-ego, o Doutor Bruce Banner.
Essa sexta edição mostra muito bem essa descrição que pode parecer estranha para aqueles que se acostumaram com a imagem clássica do monstrengo burro e raivoso, mas com bom coração. De fato, a personalidade do Hulk nos primeiros tempos era muito mais inteligente e selvagem. Inclusive o escritor Peter David, na segunda metade dos anos 80, recuperou essa personalidade, durante a fase "cinza" do personagem. Reparem como esse Hulk é tão inteligente quanto Banner, e inclusive como nesta edição há sérias pistas que na verdade, eram a mesma pessoa e se tratava de um problema de dupla personalidade (fato somente a ser destrinchado décadas depois, justamente por David).
Com as vendas ruins, o jeito era cancelar a revista. Isso mostra que não somente de sucessos e acertos imediatos foi feita a História da Marvel. Em clima de "última edição", algumas pontas soltas são até fechadas: o Hulk recebe seu primeiro perdão presidencial (o que poderia significar que deixaria de ser perseguido pelas autoridades), destrói a máquina que ativava suas transformações (pois é, nesse período, Banner tinha que usar uma máquina para virar o Hulk, ou seja, sem a máquina, dá-se a entender que ele não seria mais o monstro...) e inclusive termina o gibi com o pacato cientista de braços dados com Betty Ross, firmando um pouco mais o relancionamento deles que até então só tinha ficado subentendido. Sem dúvida poderia ser um final feliz... Não fosse Stan Lee teimoso em relação a sua criatura, que mesmo, por enquanto, sem revista, não ficaria sem dar as caras no resto do Universo Marvel que acabara de nascer... Como veremos nos nossos próximos lançamentos.
Oba! Logo vou chegar nessa antológica edição, já que li a nº 5 há algum tempo... A iniciativa Cronologia Marvel é sensacional! Será que em outros lugares do mundo existe algo parecido, e tão bem feito? Parabéns a vocês!
ResponderExcluirObrigado por nos acompanhar Marcelo. Sobre o blog da cronologia ele ainda está em construção, mas já temos muitas revistas e dentro em breve material pra ler é o que não vai faltar. Visite de vez em quando que ele estará em constante atualização. Obrigado.
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