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Esse ano também fez 60 anos a PATRULHA DO DESTINO um dos mais interessantes grupos da DC Comics, que ao longo dos anos virou uma série "cult", isto é, de relativamente poucos, mas fiéis seguidores.
A Patrulha foi a primeira grande resposta da DC à Marvel quando ainda corria o ano de 1963 e a editora de Stan Lee estava apenas decolando. Por isso Patrulha poderia ser considerada o mais "marvel" de todos os títulos da DC nos anos 60, embora as esquisites da revista fossem dignas da revista Flash... (aliás a marvel apropriaria-se dessas esquisitices nos anos 70 na revista dos Defensores, mas esta é outra história).
Aliás, a Patrulha também é considerada visionária por aparecer nas bancas três meses antes dos X-men, já com o subtítulo "os heróis mais estranhos do mundo", slogan que as primeiras edições dos X-men também trariam. Ambas as equipes eram comandadas por sujeitos inteligentes em cadeiras de rodas e formadas por indivíduos que eram párias para a sociedade. O escritor Arnold Drake inclusive seria contratado pela Marvel por um breve período para escrever os próprios X-men.
No entanto, a Patrulha era inicialmente uma resposta ao Quarteto Fantástico, com uma equipe quase inteira de "Coisas", isto, é párias cujos poderes eram uma maldição. E ao contrário de Ben Grimm, o pobre Cliff Steele, o Homem-Robô não poderia nem sonhar com uma cura. Aliás, da mesma forma que Stan Lee reformulara o Tocha Humana pegando um conceito dos anos 40 e criando um novo personagem, o Homem-Robô também era uma reformulação: havia um Homem-Robô nos anos 40, criado por ninguém menos que Jerry Siegel (o pai do Superman) e após alguns anos na revista Star-Spangled Comics, sumiu de vista. Assim como nos bem-sucedidos casos do Flash e do Lanterna Verde (e do Tocha Humana), foi então aproveitado o conceito para criar um novo personagem.
A principal característica "Marvel" nesta inusitada série da DC Comics durante a Era de Prata era que além de personagens trágicos e falhos (que não tinham nem identidade secreta), era que eles também brigavam entre si. A arte de Bruno Premiani também era mais "solta" e menos padronizada do que era exigido pelo rígido controle editorial da DC na época, bem ao gosto do estilo Marvel. E se a DC se sentia bem em responder ao Quarteto Fantástico era tão somente porque o Quarteto fora inspirado nos Desafiadores do Desconhecido, e provavelmente a coisa toda estava "entalada na garganta" dos editores da Distinta Concorrência. E se a Marvel contra-atacou "copiando" a Patrulha e lançando os X-Men, como supõem alguns, a DC não deixaria barato e após os X-Men lançaria também uma equipe de adolescentes, a Turma Titã. Em suma, naqueles anos de ferranha competição em que uma editora respondia a outra, quem mais tinha a ganhar eram os leitores, com certeza.
Essa história já corria os scans em duas versões. A gente resolveu fazer de novo por uma razão: dar pra vocês não só todas as 36 páginas, como o melhor letramento e melhor texto possível, com imagens bacanas pra completar. Aí está o gibi como ele praticamente foi publicado em 1963. Então aproveite mais essa viagem no tempo, e bom divertimento!
Obrigado!
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