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Dando prosseguimento as clássicas revistas da Warren, a editora que trouxe o terror de volta as bancas americanas com Creepy e Eery nos anos 60, com vocês a controversa, banida e boicotada BLAZING COMBAT, trazendo algumas das melhores histórias em quadrinhos feitas naquela época!
O empresário James Warren buscava um renascimento em preto e branco da EC Comics, conseguindo recrutar vários dos artistas da lendária editora, e após ressuscitar o terror com a Creepy, o humor com a Help! (editada pelo próprio criador da Mad, Harvey Kurtzman), e a ficção científica com a efêmera Spacemen, agora o que estava na mira eram as histórias de guerra. Mas não histórias de guerra como as publicadas sobre o selo da censura da Marvel e da DC, e sim algo mais no espírito da Fronline Combat e Two-Fisted Tales, da EC nos anos 50.
Eram histórias filosóficas e críticas a própria guerra, nunca as glorificando, numa época em que os EUA ainda estava embebido pelo orgulho de ter vencido a segunda guerra mundial e começava sua intervenção no Vietnã. Corajosamente questionando a moral até das "guerras heróicas" como a revolução americana e a segunda grande guerra, os roteiros de Archie Goodwin atingiram aqui o seu auge de criatividade e maturidade, numa época em que gibis eram visto ainda como coisas para crianças.
E o escritor/editor ainda por cima estava ladeado de alguns dos maiores artistas que já surgiram nas hqs norte-americanas: somente neste número você encontra histórias desenhadas por Reed Crandall, Joe Orlando, Angelo Torres, John Severin, George Evans e Gray Morrow, além de uma página especial por Alex Toth, e a capa de Frank Frazetta. Vale lembrar que essa revista foi lançada em outubro de 1965, compare a arte dela com qualquer coisa que a Marvel e a DC lançaram no mesmo período!
No entanto, os EUA ainda não estava pronto para ouvir certas coisas, e através de uma campanha insidiosa do exército e da associação dos veteranos, os distribuidores boicotaram as revistas, que apesar de ter vendido muito bem nos dois primeiros números, não pôde chegar as bancas a partir do terceiro. Se foi publicado um quarto é tão somente porque já estava pronto. James Warren amargou um grande prejuízo com milhares de revistas encalhadas porque as distribuidoras de revistas se recusavam a entregar as revistas para as bancas norte-americanas, e os leitores ficaram órfãos de uma das melhores publicações em quadrinhos da época.
Agora você poderá conhecer em primeira mão que histórias são essas que irritaram os comandantes do exército dos EUA que não queriam que seus soldados lessem esse material (sim, as revistas de guerra eram muito populares dentro dos quartéis, e foi através deles que eles tomaram conhecimento da Blazing Combat). Espero que se divirtam, que se instruam, e que se essas histórias quem sabe possam nos levar todos a refletir. Nos vemos na terça, com mais um lançamento HQ Vintage!