domingo, 27 de outubro de 2024

O COVIL DO PAVOR - a primeira edição da revista da Bruxa Velha!

 


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Adiantando a postagem de "Haloween" (o que não significa que no dia 31 não possamos ter outra postagem surpresa), aqui está a primeira edição de "The Haunt of Fear", a revista que seria chefiada pela "Bruxa Velha" dos Contos da Cripta. Uma curiosidade: embora esta capa marque a primeira aparição da Bruxa Velha nos quadrinhos, ELA NÃO ESTÁ em nenhuma das histórias! Apenas na segunda edição ela apareceria como "apresentadora" de uma das histórias. 

Outra curiosidade é que a revista começou no seu número 15. Então por que ao contrário do que fizemos com a Contos da Cripta e a Câmara do Horror, onde mantivemos a numeração original, resolvemos renomear essa para número 01? Porque a própria EC fez isso. A revista "Haunt of Fear" foi lançada em 24 de janeiro de 1950 substituindo "Gunfighter", revista de faroeste de quem herdou a numeração (prática comum na época, por conta de registros comerciais e de correio). Após os números 15, 16 e 17, no que seria seu número "18", a revista assumiu o seu número 04, transformando assim os antigos números 15, 16 e 17 em números 1, 2 e 3 retroativamente. Isso criou um problema para muitos colecionadores (principalmente no mundo dos scans): existem dois números 15, dois números 16 e dois números 17! Assim, pra não gerar nenhuma confusão pra quem for procurar por scans do "Covil do Pavor" no futuro, haverá só um número 15, 16 e 17, pois vamos renomear as três primeiras edições pelo que são de fato: o número 1, o 2 e o 3! 

Essa revista é a primeira que nos demos a "honra" de batizar em português. Como as histórias da Bruxa Velha são apresentadas  na série "O Caldeirão da Bruxa" ("The Witch's Cauldron", em inglês), da mesma forma que a série do Zelador se chama "Cripta do Terror" (apesar de publicada dentro da Contos da Cripta), o nome da revista em si não tem a ver com a série da Bruxa (tanto que nessa revista não há nenhum "Caldeirão da Bruxa", apenas histórias isoladas). No Brasil as histórias de "Haunt of Fear" foram publicadas em revistas como "Histórias de Terror" (da editora gráfica Novo Mundo) e "Cripta do Terror" (da Editora Record). Nunca houve assim alguma editora brasileira que desse um nome em português baseado na "Haunt of Fear". 

"Medo" é a tradução mais comum e mais usada para a palavra Fear, mas essa pode significar várias outras em inglês, e uma delas é PAVOR... Uma vez que temos a Cripta do Terror e a Câmara do Horror, achamos Pavor uma boa jogada pra combinar com o final em "OR" de suas duas irmãs. E das várias palavras que "Haunt" pode significar, COVIL foi o que mais nos agradou, pois bruxas moram em covis...

Essa primeira edição traz "craques" já conhecidos da Nona Arte: Johnny Craig ilustra a primeira história que é uma adaptação bem livre do conto "O Gato Preto" de Edgar Alan Poe, misturando ainda temas dos contos "O Coração Delator" e "O Barril de Amontilado". E Craig entendeu muito bem que danado não é o gato preto, danado mesmo são os laranjas...! Leia e confira. 

A segunda história "Casa do Horror", ilustrada por Harvey Kurtzman vocês já viram no número 21 da Cripta do Terror, mas na verdade ela foi mesmo publicada pela primeira vez nos EUA aqui, nessa edição inaugural da Haunt of Fear. Os mais atentos vão notar que as cores são DIFERENTES daquelas publicadas na edição da Cripta. Isso mesmo, a gente teve que diagramar de novo! Mas tudo fazemos por nossos leitores.

Temos ainda "O Mágico Louco", com o jovem Wally Wood em início de carreira apenas como arte-finalista, passando o nanquim para os desenhos de um tal de Harry Harrison. A história é de Gardner Fox, velho conhecidos dos leitores da DC. E fechando tudo, "A Coisa do Pântano", como não poderia deixar de ser uma história escrita e desenhada pelo braço direito de Bill Gaines, Al Feldstein. Bom divertimento!

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Drácula Vive! - Primeira edição completa

 


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Hoje um super-relançamento para vocês! Drácula Vive já tinha sido lançada pelo grupo Era Marvel. Se trata da mesma edição (com todos os créditos devidos), mas agora com as matérias que vinham na edição TRADUZIDAS. Então pra quem gosta de informações sobre filmes de terror (e do Drácula) é um prato cheio. Aproveitei também pra deixar todas páginas no mesmo tamanho e proporção, dando assim mais "fidelidade" a revista - mas nada que desabone o trabalho original, que está muito bom e mantido como se deve ser. É que vocês conhecem a natureza do HQ Vintage: até quando é pra publicar aqui algo que saiu em outro lugar, se possível sempre procuramos acrescentar nossa contribuição

Drácula Vive é a primeira de uma nova iniciativa de revistas em preto e branco que a Marvel lançou em 1973. A editora já havia lançado edições únicas de "Spectacular Spiderman" (em 1968) e Savage Tales (em 1970), mas não dado prosseguimento a empreitada. Em 1973, de olho na grana que a Warren (sim a editora da Creepy, da Eerie e da Vampirella) faturava, e achando que "o futuro está nas revistas em preto e branco" (como lemos no editorial desta Dracula Vive que traduzimos), a editora decidiu lançar uma linha inteira de revistas, começando pelo Rei dos Vampiros, e que ainda incluiu Monsters Unleashed, Zombie, Vampire Tales, "Os Punhos Mortais do Kung-Fu" e a retomada da Savage Tales (que já apresentamos aqui no blog). O rebento mais bem-sucedido dessa iniciativa, "A Espada Selvagem de Conan" apareceria em 1975 (mas ainda temos algum chão até lá). 

"A Tumba de Drácula", a revista em cores e formato comics da Marvel era já um tremendo sucesso, e razão porque a Marvel escolheu lançar outra revista do Drácula em formato magazine e preto e branco - e também porque aqui eles estariam livres das amarras do comics code. Enquanto as histórias na "Tumba" eram em sequência cronológica, foi adotada para a Dracula Lives, até por ser uma revista inicialmente trimestral, que fossem histórias fechadas (sem continuação) e também acontecendo em vários momentos da vida do dentuço, o passado e o presente - revelando inclusive a versão marvel para a origem do vampiro (na próxima edição, gente!). Curioso que essa prática seria a mesma futuramente adotada para a Espada Selvagem de Conan (com Conan the Barbarian seguindo uma sequencia cronológica, enquanto a Espada Selvagem tinham histórias aleatórias de vários momentos da vida de Conan). 

Essa edição traz três histórias de Drácula, duas no "presente" (da época) e uma no passado. Uma delas acabaria sendo referenciada na própria Tumba de Drácula, mostrando que todo o material era cronológico, apesar de se passar em épocas diferentes. A revista também traz "reprints" de histórias curtas da era de ouro do terror, que não podiam ser republicadas nos  comics books dos anos 70 por causa do comics code, mas não tinham esse problema nas revistas em preto e branco que não precisavam da aprovação do código. Enfim, se você já leu a versão anterior, pode baixar de novo pra ver como ficou (e ler as matérias) e se não conhece, eis uma nova chance de baixar. Bom divertimento!

sábado, 12 de outubro de 2024

Espada da Feitiçaria #4 - A Nuvem do Ódio!

 


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E finalmente aqui está a quarta (e penúltima) edição de "Sword of Sorcery" (Espada da Feitiçaria ou da Magia, ou como queiram), trazendo não uma, mas DUAS histórias. A primeira uma adaptação do conto "A Nuvem do Ódio", de Fritz Leiber, o criador de Fafhrd e do Gatuno Cinza. A segunda, um conto da juventude de Fafhrd, quando ele vivia no gelado norte, esta desenhada por ninguém menos que WALT SIMONSON, aqui em início de carreira. Simonson assumirá a arte da dupla na próxima edição, mas essa é outra história. Sendo essa história de 1973, vocês vejam como seu trato era mais que apropriado para desenhar coisas "nórdicas", embora tenha sido a DC quem tenha lhe dado sua primeira oportunidade.