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E chegamos a quarta edição de Contos da Cripta, a primeira a realmene receber o nome Contos da Cripta (antes nosso gibi se chamava "Cripta do Terror"). Por que dessa mudança, o Zelador explica em sua sessão de cartas...
Nesse número temos a estréia de mais um artista: JACK KAMEN! Considero Kamen como o desenhista da EC que melhor retratava os anos de 1950... Para mim, o estilo dele é indissociável ao "visual" daquela época. As demais histórias são ilustradas por Johnny Craig, Graham Ingels e Al Feldstein.
Uma das dificuldades de lançar um gibi na sequência de publicação como a Cripta é que por se tratar de uma revista que foi melhorando a cada edição, e começou de forma bem modesta, podemos perder leitores ao longo da jornada. ACREDITE: Se você achou a revista "chatinha", ou "nada demais", os primeiros números NÃO FAZEM JUS à lenda que se tornaram os Contos da Cripta. Considero que a publicação alcança sua melhor fase mesmo a partir da oitava edição (que será o número 24), quando JACK DAVIS assume os desenhos das histórias apresentadas pelo Zelador. Aí é que, como diria a moçada: "o bicho pega" e "a coisa fica séria".
Mas a cada número é muito interessante ver essa subida ao topo das revistas de terror dos anos 50. Nessa edição, Al Feldstein parece estar afiando suas habilidades como roterista (e como sabemos o editor-chefe Bill Gaines dava muitas das idéias que Feldstein usava), e as histórias agora admitem a existência do sobrenatural... Também já temos o descarte da "lição de moral" em pelo menos um dos contos, onde as vítimas nada fizeram por merecer a tragédia que lhes sucede no final. Um nível de maturidade incomum para a época (e que ia render também os seus problemas com pais, educadores e políticos conservadores).
Se uma coisa podemos prometer é que cada número de Contos da Cripta sempre será melhor que o anterior, e será muito interessante para quem se dispor a acompanhar essa jornada. Feliz Dia das Bruxas!