terça-feira, 27 de setembro de 2022

A última edição da Cripta do Terror?

 


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E chegamos a última edição da Cripta do Terror! Calma minha gente, o susto só foi pra entrar no clima do gibi! Na verdade, no número 20 (que na verdade é a quarta edição da Cripta), a revista mudou de nome para "Contos da Cripta", e doravante sustentou esse nome até o final. 


Aliás, quero aproveitar novamente para esclarecer uma confusão que alguns leitores estão fazendo: A Cripta do Terror/Contos da Cripta NADA TEM A VER com a KRIPTA da RGE, nem com a "Cripta" da Mythos, publicada mais recentemente. The Crypt of Terror/Tales from the Crypt foi lançado nos anos 50 pela EC Publishing, e cancelada em 1955 devido a perseguição contra os quadrinhos de crime e terror. Esse material saiu no Brasil já nos anos 50 em várias publicações diversas, principalmente da editora La Selva, e somente foi republicado nos anos 90 em 7 edições da Editora Record com o nome "Cripta do Terror", mas acabou cancelada por baixas vendas. Não se sabe se todo material da EC de Terror foi realmente publicado no Brasil, há poucos registros do que foi publicado, e muitas lacunas. 


Quanto a Kripta da RGE... Se trata de material das revistas americanas EERIE e CREEPIE (que a gente já publicava aqui no HQ VINTAGE), publicadas nos EUA pela Warren Publishing. Existem duas versões de porque os editores da RGE escolheram esse nome (Kripta). Uns dizem que foi por aproximação fonética com Creepy (pronuncia-se "cripi"), outros que foi realmente roubado da Cripta do Terrror da EC. Essa tradição de tentar se associar ao legado da EC, embora publicando material DIFERENTE é velha. Mais recentemente a editora Mythos lançou encadernados da EERIE chamando a publicação de CRIPTA (com C mesmo). Vale lembrar que com a série de TV "Contos da Cripta" (baseada em material da EC), tentar pegar carona no nome pareceu pra eles uma jogada de oportunidade. 


Então, caro leitor, a não ser que você esteja se referindo aos sete números da Cripta do Terror da Record, não, você não tem a coleção da Cripta do Terror. A não ser que esteja se referindo a coleção da KRIPTA, mas essa é OUTRA revista. Ademais, a Record infelizmente nesses 7 números não publicaram nem 5% do material de terror da EC, então o que a gente tá publicando aqui é mesmo INÉDITO pra grande maioria (no Guia dos Quadrinhos inclusive só há registro de uma única história - "Loucura em Manderville", da edição 18 - ter sido publicada no Brasil destas três edições da Cripta do Terror que trouxemos até agora). 


Esclarecimentos feitos vamos à edição: ela traz duas histórias de Johnny Craig, uma de Al Feldstein, e a estréia do desenhista GRAHAM INGELS na revista, num estilo de arte que na minha opinião envelheceu muito bem - e que vejo como inspiração de muitos artistas que trabalharam na VERTIGO, principalmente dos ingleses, mas também inspiração para um certo BERNY WRIGHTSON, acho que já ouviram falar do cara. 


INGELS foi uma das maiores vítimas da perseguição contra os quadrinhos de terror. Conforme conta o editor Bill Gaines, "o estilo de Ingels era adequado somente para histórias de terror. Quando elas foram proibidas, ele não conseguia mais trabalho no mercado de quadrinhos". Ele acabou se tornando professor de artes numa cidade pequena dos EUA, dedicando seu tempo livre a aquarelas autorais. Nunca mais quis ser associado aos quadrinhos, e rejeitava até a visita de fãs. Um talento desperdiçado pelo fanatismo de pessoas manipuladas por políticos, educadores e religiosos oportunistas. Mas graças a internet, o que tentaram proibir, agora você pode conhecer. Bom divertimento. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Creepy 16 - Terror com Neal Adams e outras feras!

 


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Enfim, finalmente, mais uma edição da Creepy em português pra vocês, inédita no mundo dos scans. Publicada em agosto de 1967, quando Neal Adams já começava a engatinhar na DC, antes ele trabalhou para a Warren! Ele é quem assina a primeira história da edição - que fecha com uma história de Steve Ditko, o co-criador do Homem-Aranha e Doutor Estranho, que depois que deixou a Marvel, além da Charlton, encontrou trabalho também na revista editada por Archie Goodwin - que logo seria contratado pela "Casa das Idéias", sinal que Stan Lee já estava de olho nele. 

Pouco falado no Brasil, Goodwin foi bastante celebrado pelos fãs de quadrinhos nos EUA, justamente por suas histórias em Creepy e Eerie, onde não apenas editava as revistas como escrevia a maioria dos roteiros. Confira algumas dessas histórias, na revista que devolveu o terror as bancas de revista norte-americanas nos anos 60! Bom divertimento. 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

FLASH: Segunda edição REMASTERIZADA e COMPLETA!

 


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Eis a segunda edição REMASTERIZADA - isto é retraduzida (agora com texto integral, sem os cortes da editora Abril), formato original e arte totalmente restaurada - de FLASH (volume 2) a revista que foi a casa de WALLY WEST como o FLASH por quase 20 anos. 

Neste número, veja a conclusão do primeiro embate de Wally contra VANDAL SAVAGE, mas isto seria apenas o começo da rivalidade entre os dois. De quebra, a "virada" na vida de Wally ao se tornar milionário!

E ainda você confere um texto editorial do editor Mike Gold, onde ele relata como surgiu essa nova série do Flash e como ele montou a equipe criativa por trás do título. Bom divertimento!

domingo, 18 de setembro de 2022

A primeira história de Carl Barks no PATO DONALD!

 


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Um dos objetivos do blog HQ Vintage sempre foi trazer momentos importantes - e publicações importantes - das histórias dos quadrinhos. Pois bem, apesar de quadrinhos Disney - na sua versão brasileira - serem bastante compartilhados e não faltar material, algo que vejo pouco são versões em português das revistas originais. Mas na verdade o lançamento de hoje começou quando comecei a olhar para a revista FOUR COLOR, praticamente a revista em quadrinhos mais vendida dos anos 50 (período que agora começamos a abordar com a Cripta do Terror e a EC). 


FOUR COLOR foi a principal publicação da DELL, a maior editora em quadrinhos dos EUA nos anos 50, vendendo milhões de exemplares. O sucesso era tal, que Four Color era uma revista que saiam vários números POR MÊS, não apenas um por semana, as vezes até dois por semana! A publicação foi encerrada em 1962, com nada mais nada menos 1330 edições! A revista não tinha série nem protagonista fixo. Em geral publicava desde a reunião das tiras de jornal como Dick Tracy, Gato Felix, Flash Gordon, Popeye, Terry & Os Piratas, entre vários outros, até material inédito, geralmente baseado em personagens de filmes e séries de TV (especialmente faroeste, muito popular nos anos 50), material baseado em heróis pulp (Cavaleiro Solitário, Zorro e Tarzan) e desenhos animados, como Pernalonga, Pica-Pau, e aí que entra a DISNEY, já que a DELL foi a principal casa editorial dos personagens disney nos anos 40 e 50 (nos EUA).


FOUR COLOR também era uma "revista-teste". Se determinado personagem vendesse bem, logo ganharia sua revista própria - em geral com os números iniciais sendo considerados justamente as edições da Four Colors com AQUELE personagem. Foi o caso do PATO DONALD, que primeiro estreou edições da Four Color, somente ganhando sua revista em 1952, a partir do número 26, ou seja, teve 25 números anteriores saindo em FOUR COLOR. 


Essa não é a primeira edição de Four Color com o Pato Donald (talvez tenhamos que traduzir essa, porque não achamos o equivalente brasileiro. Algum voluntário pra traduzir e/ou diagramar?). O que trazemos aqui é igualmente importante, no entanto: A PRIMEIRA HISTÓRIA EM QUADRINHOS DE CARL BARKS com o personagem que tornou o cartunista uma pedra basilar na história dos comics americanos. Carl Barks era um gênio, conhecido e reconhecidissimo por todos os estudiosos de quadrinhos, inclusive quem não curte muito histórias cômicas ou infantis. Seus enredos e narrativa eram tão boas que cativavam não só as crianças, mas até os adultos. Não é atoa que é republicado até hoje, sendo um dos autores de quadrinhos que conseguiu furar a bolha do anonimato que sempre foi imposta aos autores dos estúdios Disney.


A primeira HQ de Barks com Donald, no entanto, não foi original, nem ele trabalhou sozinho (como seria característica sua nos próximos anos, onde faria tanto os roteiros quanto toda a arte das histórias). Trata-se da "adaptação" de um desenho animado que nunca foi feito, que se chamaria "Donald Ducks finds Pirate's gold". O projeto acabou não sendo executado pelos estúdios Disney, onde Barks trabalhara, e após sair deste e resolver se dedicar aos quadrinhos, o editor Oscar LeBlec já tinha justamente pensando em reaproveitar o roteiro do desenho animado não filmado (escrito por Dick Creedon e Al Perkins) e entregou para Barks e o desenhista Jack Hanna (com quem Barks também já havia trabalhado nos estúdios de animação) para transformá-lo numa história em quadrinhos. O resultado que você vê é este que aí está.


Essa história foi publicada duas vezes no Brasil: a primeira cheia de cortes e adaptada pra caber nas 32 páginas de SELEÇÕES COLORIDAS, nº 9, publicada em 1947 pela editora EBAL. A segunda finalmente trouxe a história completa, e foi publicada em O MELHOR DA DISNEY: AS OBRAS COMPLETAS DE CARL BARKS volume 9, da editora Abril, em 2005. 


A nossa versão usa os scans da Abril, mas eles foram adaptados pra ficar no mesmo formato (que era maior) da revista original FOUR COLOR, como publicada em outubro de 1942, nos EUA. Assim você tem as 68 páginas originais da revista, com a única diferença da americana que agora está traduzida totalmente em português. Bom divertimento. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Martin Mysterye em Cores: A Casa nos confins do mundo

 


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Como alguém pediu mais Martin Mystere em cores, prossegue nosso projeto de publicar as histórias na exata ordem de publicação (no Brasil o personagem, até os dias de hoje, sempre foi publicado praticamente sem observar ordem alguma, uma lástima). Então esse lançamento é dedicado aos "cronológicos" que fazem questão de ler tudo na ordem certinha.  A história dessa edição saiu nas edições 05 e 06 italianas... a gente reuniu tudo numa ÚNICA edição, como é a proposta dessa edição: trazer sempre histórias COMPLETAS. 

Essa edição deve ser do agrado principalmente dos fãs do escritor H. P. LOVECRAFT: Martin Mystere investiga os mitos relacionados a pessoas que dizem ter repentinamente sido teletransportadas pra lugares muito distantes (como sempre, há todo um trabalho histórico de pesquisa do roteirista Alfredo Casteli). O que isso tem a ver com Lovecraft? Só lendo pra saber! Bom divertimento. 

domingo, 11 de setembro de 2022

Cripta do Terror - Segunda Edição!

 


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Enfim, amigos, trazemos mais uma edição da Cripta do Terror, talvez inédita no Brasil (pelo menos não há registro que histórias dos três números da revista quando se chamava "Cripta do Terror" tenha sido publicados - as editoras brasileiras só passaram a se interessar pela revista quando ela passou a se chamar "Contos da Cripta", no quarto número). 

Neste número temos a estréia de DOIS GRANDES ARTISTAS. O primeiro, em arte ainda "embrionária" que ainda atingiria um padrão que o tornaria uma lenda nos quadrinhos é ninguém menos que WALLY WOOD, na história "O Cadáver Vivo". 

Já o segundo é HARVEY KURTZMAN, o lendário criador da revista MAD, cuja importância como editor e cartunista é tão grande nos EUA que o segundo maior prêmio de quadrinhos de lá se chama "Harvey Awards". Sua primeira história em Cripta do Terror é "Terror em Manderville". 

Temos ainda os talentos de AL FELDSTEIN em "A Mão do Maestro" e JOHNNY CRAIG em "TESTEMUNHA MUDA DE ASSASSINATO". 

Curiosidades sobre essas histórias você pode conferir no nosso grupo do Telegram "HQ VINTAGE CHAT", que abrimos para discutir sobre quadrinhos, e também compartilhar muita coisa produzida por outras pessoas. Então se você ainda não entrou no grupo,  não perca mais tempo e entra lá! Você não sabe o que está perdendo. 

domingo, 4 de setembro de 2022

Sargento Fury 40 - A volta de Di... gaun!

 


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Enfim, mais uma edição de SARGENTO FURY E SEU COMANDO SELVAGEM, inédita no Brasil! Neste número com a volta de Digaun, do ARTE HQS, fazendo a diagramação (letras) da história. Leia a história e você vai nosso "tino" marqueteiro pro Digaun voltar a diagramar justamente nesta edição. Não damos ponto sem nó. 😎 Bom divertimento.