sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Vampire Tales v1 01 - A Marvel expande seu domínio dos vampiros!

 


Clique AQUI para baixar


Dia de mais um relançamento no HQ VINTAGE. Vampire Tales nº 1, de agosto de 1973, já havia sido lançado pelo grupo Era Marvel, e essa revista que apresentamos aqui, com as traduções e diagramações deles, com um acréscimo: traduzimos o editorial e os dois artigos que acompanhavam a edição. Também demos uma editada pra deixar todas as páginas com o mesmo tamanho (coisa de toc, ahah). 

Essa revista é mais uma da tentativa da Marvel de dominar o mercado das comic magazines (revistas em formato grande e preto e branco) nos anos 70. Essas revistas de destacavam por não serem gerenciadas pelo comics code, e também por trazerem textos além de quadrinhos. Por isso acho traduzi-los tão importante. 

Falando da edição, além da história de MORBIUS (que recentemente ganhou um filme, o qual não vale a pena nem comentar), escrita por Steve Gerber e desenhada por Pablo Marcos, temos aqui a primeira adaptação do conto "O Vampiro", de John Polidori, para os quadrinhos que já vi até agora; esse conto pra quem não sabe, é o verdadeiro nascimento literário da vampiro, publicado em 1816, precedendo portanto a novela "Carmilla" e em muitos anos o romance Drácula. 

Outra hq digna de nota é uma parceria bem inusitada entre Gardner Fox, um dos autores mais presentes da Era de Ouro e de Prata dos Quadrinhos (principalmente na DC), com Jordi Bernet, isso mesmo, o co-autor de Torpedo 1936, numa história de terror que os gibis coloridos da época com certeza não permitiriam. Temos também uma história de Lobisomem (numa revista de vampiros, vá entender), mas a arte de Bill Everett está macabramente boa. Outra pérola da era de ouro do terror (os anos 50) resgatada é "Satanás pode esperar!", de Paul Reinman.

Os artigos são "Os piores filmes de vampiro de todos os tempos" (isto é, os piores até aquele ano de 1973, né) e "O Vampiro: seus amigos e parentes", a primeira parte de um longo resumo do livro do mesmo nome de Montague Summers que foi publicado no início do século XX e que levava o assunto A SÉRIO mesmo - não como ficção, é isso mesmo que você leu!

Então sem mais delongas, se você já leu, aproveite pra ver o que nós mudamos, e se você não leu ainda, parabéns, vai ver a revista completinha. Bom divertimento. 


domingo, 3 de agosto de 2025

A primeira aparição do Capitão Átomo!

 


Clique AQUI para baixar


Hora de comemorar outro aniversário no HQ Vintage! Em 2025, o Capitão Átomo, um dos mais conhecidos super-heróis da extinta Charlton Comics está comemorando 65 anos... Então eis aqui a edição NA ÍNTEGRA da sua primeira aparição!

Pra vocês terem uma ideia da importância dessa hq, vamos situar o leitor no contexto histórico: estávamos no começo de 1960... A Marvel Comics ainda não se chamava assim, nem mesmo haviam lançado ainda o Quarteto Fantástico e outros de seus famosos super-heróis! Mas a DC já havia dado início a ERA DE PRATA, com o relançamento do Flash e do Lanterna Verde, e apresentando também novos heróis como Desafiadores do Desconhecido, Adam Strange, Rip Hunter, Caçador de Marte e etc. Superman e Mulher-Maravilha haviam sido reformulados. Super-Heróis estavam voltando a moda após um período em que a geração anterior havia preferido quadrinhos de faroeste e terror... 

A Charlton, assim como a Marvel, era uma editora que seguia tendências, e viu esse bonde andando. E resolveu tentar também. Eles já haviam lançado super-heróis na Era de Ouro dos quadrinhos - inclusive o primeiro deles se chamava "Yellow Jacket", isso mesmo, Jaqueta Amarela. Mas quando quadrinhos de super-herói deixaram de vender no final dos anos 40 eles foram abandonando o gênero. Mas agora a tendência tinha voltado. Então o editor Pat Massuli pediu ao roteirista principal da casa, JOE GILL (que escreveu todas as histórias desta edição) para inventar um novo herói.

Ora, acontecia a ERA ATÔMICA. Toda hora na televisão se falava de novos testes nucleares. Os efeitos da radiação eram desconhecidos, e geravam cada vez mais histórias de ficção científica, principalmente no cinema. Gill achou que um herói "atômico", de origem igualmente atômica, poderia ser um conceito que a garotada abraçasse. Assim surgiu o CAPITÃO ÁTOMO. 

E quem foi seu desenhista, o co-criador que elaborou seu visual? É um nome que você conhece... STEVE DITKO! Isso mesmo, dois anos antes de co-criar o Homem-Aranha, Ditko já estava fazendo história nas histórias em quadrinhos, co-criando seu primeiro super-herói! Seu design de página e escolhas de foco narrativo nessa história, aliás, foi algo que me chamaram a atenção e um dos motivos porque queria lhes apresentar essa revista. Ditko estava a frente de seu tempo, e não é a toa que tantos autores prestigiados (como Alan Moore) pagaram pau pro cara. É só comparar a história de Dikto com as outras duas da revista (desenhadas por Bill Montes e Bill Molno) que se vê que no staff de autores menores que trabalhava pra Charlton, Ditko se destacava. 

A Charlton era conhecida por ser uma editora de "baixa qualidade", principalmente no sentido que imprimia suas revistas em papel barato e péssima impressão. Uma das mostras da falta de cuidado editorial você já vê nessa edição, onde embora na capa o Capitão Átomo apareça com seu primeiro uniforme amarelo, no interior da história o uniforme foi colorido de azul! Ou o colorista não havia recebido as instruções corretas, ou o editor ainda não havia se decidido sobre o visual do personagem - mas a partir da edição 34 de "Space Adventures" na sua primeira fase, o Capitão Átomo vestiria esse uniforme amarelo da capa mesmo. 

Assim como se tornou padrão na Marvel depois (com Thor em Journey into Mystery e Homem de Ferro em Tales of Suspense), a Charlton também usou suas revistas de ficção científica pra lançar seus super-heróis, aqui no caso a mencionada SPACE ADVENTURES, uma das dezenas de titulos do gênero que existia na época, que vinha na onda da popularidade de filmes B de ficção científica, na segunda metade dos anos 50. 

Naquela altura do campeonato, a Charlton ironicamene era maior que a editora onde trabalhava Stan Lee, que em 1957 havia sofrido um processo de falência, e cortado todos os seus funcionários, com exceção de quatro. Stan tinha que trabalhar basicamente só com free-lancers. A Charlton havia conseguido passar pelo "furacão" da perseguição contra os quadrinhos, muito porque muita da grana vinha de revistas de música (principalmente cifras para violão e piano), que eram o verdadeiro ganha pão da editora (a Charlton era a principal editora de revistas de cifras para música nos EUA). Quadrinhos era apenas uma subdivisão. Também dizem as más línguas que na verdade a Charlton era uma operação de lavagem de dinheiro. A editora era de propriedade de italianos, e pelo menos um deles tinha ligação com a máfia. Essa denúncia só foi estourar nos anos 70, e a editora acabou falindo nos anos 80, com sua reputação manchada - embora as investigações não tenham dado em nada. 

Apesar da qualidade editorial questionável, a Charlton acabou desempenhando papel importante no mercado de quadrinhos americanos. Muitos dos nossos autores preferidos começaram suas carreiras na Charlton, onde receberam sua primeira chance de aparecer - é o caso não só de Ditko, mas de JOHN BYRNE, por exemplo. Por ser uma editora que pagava menos, a Charlton acabava contratando muitos novatos. E alguns deles de fato brilhariam. 

No entanto, o maior legado da Charlton são mesmo seus super-heróis, embora talvez eles não sejam de fato tão conhecidos, seus derivados foram. Quando a DC, nos anos 80, comprou os super-heróis da Charlton, Alan Moore foi incubido de bolar uma história usando eles. Essa história seria WATCHMEN... Mas como o que Moore queria fazer era algo tão drástico que os tornaria inutilizáveis no longo prazo, os editores pediram que Moore os substituísse por análogos. E é por isso que o Capitão Átomo virou o Dr. Manhattan. Repare nessa revista como Moore se inspirou na história do Capitão Átomo original para criar o seu herói derivado  - e as diferenças com a origem pós-crise do novo Capitão Átomo apresentado pela DC. Repare que originalmente o General Eiling - chamado aqui de "Eining" era um aliado e amigo do Capitão!

Aliás, todo gibi ecoa muita propaganda militar pró-EUA e da guerra fria ideológica que ocorria na época. Não apenas o Capitão Átomo que já surge como um herói literalmente a serviço das forças armadas (ao contrário da "iniciativa particular" dos super-heróis tradicionais), como na primeira história "Flagelo Galáctico" as "forças espaciais da ONU" afirmam que sua função é "varrer o mal do universo", encarnando o espírito intervencionista dos EUA em outros países na época; bem como enfrenta outra potência pela disputa de um planeta a ser colonizado no universo na terceira e última história "O Planeta Cativo". 

Fazer esse gibi deu um trabalho danado, devido a não termos disponível uma reconstrução de arte feita pela própria editora - e uma das razões porque tenho adiado fazer essa revista por tantos anos, esperando por scans de melhor qualidade. Mas não queria deixar mais esse aniversário redondo passar batido, então com a ajuda da Dashiro (do Dashiro Scans, colaboradora da Era Marvel) e do Scott Free, foi feito um trabalho de restauração, pra tornar a revista mais aprazível. Decidi incluir todas as páginas, até as propagandas, para que você tenha a noção exata do que era um gibi da Charlton, lançado em 1960, naquela época em que Era de Prata ainda apenas engatinhava. Uma verdadeira viagem no tempo...

Ah, e a propósito, todas as aventuras do Capitão Átomo original e dos demais super-heróis da Charlton se passam na TERRA 4, na continuidade pré-Crise. Bom divertimento. 

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Rawhide Kid #23 - Sem Lugar para se Esconder!

 


clique AQUI para baixar


E com vocês mais uma edição de RAWHIDE KID, o cowboy da Marvel que foi a primeira série contínua da parceria Stan Lee & Jack Kirby, isso mesmo, antes mesmo deles fazerem o Quarteto Fantástico! 

Esse número é algo inusitado, pois um ano após a edição 17 (a revista era bimestral), que relançou a série com uma nova origem (e uma nova versão para Rawhide Kid), os editores resolveram recontar a história. O enredo basicamente é o mesmo, sem mudança alguma em relação as informações recebidas na versão anterior. Por que Stan Lee resolveu fazer isso pode ser muito bem porque naquela época que não existiam encadernados de republicações, muitos leitores que perderam o relançamento de Rawhide Kid podiam estar perguntando sobre a origem do personagem. E ao invés de simplesmente republicar a história original, eles resolveram fazer de novo! 

A capa, no entanto, faz menção a história maior da revista "Sem Lugar para se Esconder", que mais uma vez aborda os problemas de ser um conhecido fora da lei no oeste, atraindo desde pistoleiros atrás de fama, caçadores de recompensa, e claro, agentes da lei. Rawhide Kid então busca desesperadamente um lugar onde possa descansar, mas para isso precisa manter sua identidade em segredo, a todo custo! Será que desta vez ele conseguirá?

Fechando a edição, mais uma história com reviravolta no final, bem ao gosto de Stan Lee, desta vez desenhado por Paul Reinman. E claro, como sempre, traduzimos o conto em prosa que vinha na revista, no HQ Vintage você não perde nada. Então chega de papo, baixem a revista, e bom divertimento!

domingo, 27 de julho de 2025

Arion 06 - Mais uma edição inédita em português!

 


Clique AQUI para baixar


Com vocês, mais uma edição inédita no Brasil de ARION, O MAGO DA ATLÂNTIDA, uma das muitas séries da DC nos anos 80 que a Editora Abril acabou deixando de publicar por falta de espaço na sua linha de revistas. Estamos ajudando o BAÚ DA DC a recuperar esse "tempo perdido", então enquanto alguns estão fazendo as interessantes OMEGA MEN, COMANDO INVENCÍVEL, CORPORAÇÃO INFINITO, etc, nós estamos fazendo ARION, que é da mesma época. 

Nesse número, Garn Daanuth, o irmão e arqui-inimigo do nosso herói, manda um demônio para possuir a alma de Lady Chian, a amada de Arion, enquanto este tenta conquistar a confiança dos homens das cavernas para recrutá-los para sua luta contra Garn. Muitos acontecimentos numa época em que gibis publicavam 23 páginas de quadrinhos e podiam conter a dose certa de leitura. Bom divertimento. 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

50 Anos do Cavaleiro da Lua - Edição Facsimile da primeira aparição!

 


Clique AQUI para baixar


Comemorando mais um "aniversário redondo" no HQ Vintage, eis aqui a primeira aparição do Cavaleiro da Lua, que completa 50 anos em 2025. Apesar da data de capa ser agosto, não se engane achando que estamos nos "adiantando", na verdade estamos atrasados: Werewolf By Night #32 foi para as bancas americanas no dia 27 de maio de 1975. Agosto era apenas o mês de recolhimento dos pontos de venda - prática comum que dura até hoje nos Estados Unidos. 

Essa história já tinha sido lançada pelo Baú da Marvel - e como batizaram a série "Lobisomem à Noite", mantivemos esse título, pois o Baú é nosso "guia" a fim de unificar a cronologia, nomes de revistas e personagens, para que não haja mais incongruências nos scans que confundam os leitores. No entanto, a edição que vocês veem aqui é outra: primeiro que a HQ que trazemos se trata da versão oficial da própria editora brasileira, a Panini, que lançou a história no encadernado "EPIC COLLECTION: Cavaleiro da Lua - Maus Presságios" que foi scaneado, ou "ripado", pelo Eudes Honorato, do Rapadura Açucarada. 

Já o resto das páginas vem da edição facsimile, isto é, uma reimpressão na integra, igual a original, lançada pela Marvel há pouco tempo, de onde tiramos os anúncios e o "Boletim Marvel" (coluna de texto informativo que vinha em todas as revistas da editora na época). Naquele tempo, as hqs da Marvel haviam sido reduzidas para apenas 18 páginas da edição, e estamos falando de uma revista de 36 páginas. Isto mesmo, metade do gibi era praticamente de anúncios! Resolvi traduzir alguns deles pra vocês, até porque três deles na verdade eram hqs de uma página (a do Capitão Marvel promovendo os bolinhos da Hostess achei hilária), além do "Boletim Marvel" que continha a famosa "Stan Lee's Soap Box". 

Então aqui está, a edição facsimile completinha pra vocês, um verdadeiro "documento da época", onde os leitores podem ter ideia do que era um gibi americano naquela época distante, 50 anos atrás. Bom divertimento! 

domingo, 20 de julho de 2025

Os 40 anos de Crise nas Infinitas Terras

 


Clique AQUI para baixar


Em 2025 CRISE NAS INFINITAS TERRAS ESTÁ COMEMORANDO 40 ANOS. Se hoje em dia grandes eventos de quadrinhos de super-heróis que vão "mudar tudo para sempre" já viraram algo comum e causam bocejos, para os leitores de quarenta anos atrás essa série foi um choque. A Marvel tinha saído na frente um ano antes com "Guerras Secretas", mas este fora um crossover produzido apenas para vender brinquedos. "Crise" era bem mais ambiciosa: reformular o Universo DC inteiro, causando um relançamento da editora e renascimento de diversos de seus personagens mais famosos. 

Quando Crise foi lançada, personagens morriam pra valer. As vítimas de Crise ficaram mortas por muitos e muitos anos, antes da editora resolver jogar sua seriedade às favas e trazerem-nos de volta. E por isso Crise era tão mitológica. Nos anos seguintes e até hoje se usa as expressões "pré-crise" e "pós-crise" pra se referir a esses dois períodos de tempo do universo DC. A continuidade mudou completamente. E isso não acontecia toda hora (não naquela época). 

Ajudou muito também o fato de Crise ser bem escrita e principalmente maravilhosamente desenhada pela lenda George Pérez. Possivelmente até hoje nenhum mega-evento teve uma arte tão bonita, e por doze edições! Todos os personagens da DC se encontram aqui, desde "Anthro, o primeiro rapaz da Terra", até "Kamandi, o ÚLTIMO rapaz da Terra!". Mesmo se for um cameo, cada um deles deu a cara em Crise, afinal estamos falando da destruição do Universo! Por isso nenhuma adaptação pra outra mídia até hoje conseguiu fazer jus, porque estamos falando de CENTENAS de personagens.

Para comemorar a data, não podemos fazer muito que senão lançarmos a edição "millennium" publicada no ano 2000 para comemorar a virada do milênio pela DC Comics. Como sabem, o encadernado inteiro foi escaneado e se encontra facilmente na internet. Nós usamos esses scans, feitos pelo Eudes Honorato, com a inclusão de uma nova capa para divulgar uma nova versão em "HD" feita pelo "Mad Ken" e pelo "Absolute Jordan", do site Zona Fantasma, que também tem sido lançada no Baú da DC. De resto, essa millennium inclui um texto do historiador de quadrinhos Robert Greenberg, que traduzimos. Bom divertimento. 


quarta-feira, 16 de julho de 2025

Savage Tales 04 - Totalmente completa em português

 


Clique AQUI para baixar


Com vocês mais uma edição da SAVAGE TALES, a primeira revista em preto e branco a apresentar histórias de Conan, o bárbaro! Sim, o cimério já aparecia no seu próprio gibi menor e em cores, "Conan the barbarian", mas na Savage Tales, sem o controle do "comics code", a Marvel podia fazer histórias "sem censura" com nosso cimério, podendo "apimentar" principalmente a beleza das mulheres...

A revista também trazia outras atrações (como nessa edição, a hq curta "O Cruzado", na verdade um reprint dos anos 50), e artigos especiais. Nesse número, por exemplo, há duas matérias muito legais: Uma sobre o filme "Jasão e os Argonautas" (também chamado pelas emissoras brasileiras de "Jasão e o Velo de Ouro" ou "velocino de ouro") e sobre os livros de Conan pela Gnome Press, a primeira a publicar Conan no formato livro. 

São 64 páginas, todas traduzidas, incluindo as propagandas (a gente é "maníaco" mesmo, ahah). Bom divertimento!

domingo, 13 de julho de 2025

Detective Comics 38 - A origem e primeira aparição do Robin original na íntegra!

 


Clique AQUI para baixar


Hora de comemorar mais um "aniversário redondo"! Em 2025 o eternamente jovem Dick Grayson está completando 85 anos, e vamos comemorar a altura com a edição INTEGRAL de Detective Comics 38, de abril de 1940, onde aconteceu sua primeira aparição. 

Diga-se bem que não se trata apenas da história de Batman com a origem do Robin, mas da edição inteira, com todas as suas 68 páginas, incluindo as histórias de outros personagens como Vingador Escarlate, Speed Saunders (o avô da Moça Gavião atual) e Slam Bradley, entre outros personagens que TAMBÉM fazem parte do Universo DC!

Resolvi enfatizar isso porque muita gente às vezes deixa passar despercebido nossas revistas, como da primeira aparição do Capitão Marvel, porque acha que já baixou essas revista, quando somente na verdade fizeram apenas a história com esses personagens populares, mas essas revistas eram bem mais que apenas 13 páginas! Até 1943 as revistas em quadrinhos americanas tinham em geral 68 páginas, ou seja, MUITOS quadrinhos. Embora seja louvável quem trouxe as primeiras histórias desses personagens para a internet brasileira, é preciso sempre deixar claro ao leitor se ele está ou não baixando na íntegra um gibi, não induzindo ao erro que as revistas só se tratavam de uma história curta de 13, 7 ou 6 páginas. 

Nossa prioridade, sempre com raras exceções, é trazer as revistas na íntegra, por mais trabalho que isso dê. Até os textos em prosa são traduzidos. É uma das razões também que optamos pelas edições da DC MILLENNIUM EDITION como base, uma série que a DC publicou no ano 2000 como forma de comemorar a virada do milênio, reimprimindo na integra as suas revistas mais importantes. Quando você vê o selo da "DC Millennium Edition" é garantia não só de reimpressão restaurada pela própria editora, como que contém todas as páginas originais do gibi, não apenas a história de destaque na capa. 

O resto a maioria de vocês já deve saber: o Robin foi o primeiro sidekick (parceiro mirim), e depois dele, a maioria dos heróis acabaria adotando também um jovem pupilo ao seu lado. Apesar dos "comentários maldosos" de gente que "só pensa naquilo" como o psicólogo Fredric Wertham, o fato é que parceiros mirins aumentavam as vendas dos gibis, e por isso as editoras passaram a investir neles. Os jovens leitores se identificavam com essas crianças que viviam e lutavam ao lado de seus heróis. Um super-herói podia ser tanto um pai quanto um irmão mais velho para o seu parceiro-mirim. Era uma época em que pais ainda eram vistos como heróis por seus filhos. Só na década de 60, quando surgiu todo um movimento de contestação juvenil, parceiros mirins começaram a sair de moda (e muito principalmente graças a Marvel). Ah sim, heróis jovens continuariam e seriam ainda mais populares, mas não como parceiros, e sim PROTAGONISTAS, como nas populares séries X-Men e Novos Titãs, onde justamente Dick Grayson, o primeiro Robin, desempenharia papel fundamental. Mas essa é outra história. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Creepy 19 - Adaptação de clássicos do terror em quadrinhos!

 


Clique AQUI para baixar


Com vocês mais uma edição inédita da CREEPY nas redes! Nesse número temos a adaptação de DOIS contos clássicos de terror da literatura. O primeiro é "O Sinal da Besta" de Rudyard Kipling, que além de poeta e pai de "Mógli", escrevia outras coisas também, como vocês vão poder conferir nessas páginas desenhadas pelo lendário Johnny Craig (aquele mesmo da EC). 

Aliás Craig bate ponto duas vezes nessa edição, pois a história "Nos Olhos de quem vê" do tal "Jay Taycee", na verdade esse é um pseudônimo que Craig usou na época, pois estava sobre contrato de outra editora, então pra enganar os chefes, e fazer trabalho pra concorrência o "malandro" assinava com outro nome. Essa história, aliás, é uma republicação de um conto já apresentado nos primeiros números da Eerie, a revista irmã da Creepy, assim como "Um Trabalho Monstro", com arte de Rocco Mastroserio. Ambas foram escritas pelo antigo editor Archie Goodwin. 

A grande atração da edição no entanto é mesmo a adaptação da novela gótica "Carmilla", o clássico de Sheridan Le Fanu, que apresentava uma vampira trinta anos antes de Drácula. Esse conto ganhou inclusive algumas adaptações pro cinema, uma delas, claro, pela Hammer. Provavelmente a história mais longa da Creepy que publicamos até agora, com 20 páginas, faz parte de um espólio que James Warren comprou de uma editora inglesa que iria usar ela pra um livro que acabou não saindo. Sorte dos leitores da Creepy, pois assim eles não teriam que se contentar apenas com republicações. Bom divertimento!

domingo, 6 de julho de 2025

50 anos de Mark Shaw, o segundo Caçador!


 

Clique AQUI para baixar


Entre os "aniversários redondos" deste ano, está o de Mark Shaw, o segundo CAÇADOR. Com feito, fazia pouco mais de um ano que o Caçador Original, revivido por Archie Goodwin e Walter Simonson em Detective Comics havia morrido, e a DC pediu que JACK KIRBY recriasse o personagem, já que ele mesmo estivera envolvido na criação do Caçador original, Paul Kirk, lá em 1942. Então Kirby recuperou parte do visual original com algumas modificações, e abordou o conceito de sociedades secretas para explicar a origem do Novo Caçador. Sem querer, Kirby acabaria fornecendo as sementes de uma futura saga que seria publicada 13 anos depois chamada MILÊNIO. 

Apesar da data de capa ser agosto, e parecer que estamos comemorando o aniversário "adiantado", na verdade estamos "atrasados". Pois as datas nas capas dos gibis americanos eram de RECOLHIMENTO das bancas. A revista na verdade foi lançada em 22 de maio de 1975.

Essa revista já havia sido lançada anos atrás pelo Baú da DC, mas esse relançamento traz as páginas com arte restaurada pela própria DC (no que alguns gostam de chamar de qualidade "masterworks") e nós gostamos chamar de "edições remasterizadas". Esses arquivos foram publicados no Brasil pela editora Panini e escaneadas pelo Eudes Honorato do mitológico Rapadura Açucarada, ao qual acrescentamos o texto de Jack Kirby falando sobre o personagem que havia na edição original americana (e que a Panini não publicou), além de algumas propagandas da época, e edição das páginas pra deixá-las mais próximas do formato original. 

"Primeira Edição Especial" foi uma série lançada pela DC naquele mesmo ano com o objetivo de experimentar novos títulos de quadrinhos, sobre a velha regra de que "o que vendesse bem ganharia de fato sua própria revista". Infelizmente não foi esse o caso imediato do Caçador interpretado por Mark Shaw. No entanto, nos anos 80 ele retornaria ao papel de Caçador, justamente após a mencionada saga Milênio. Mas sua história começou bem antes, nas páginas desta edição, mostrando ele ser uma cria do visionário dos visionários, nada menos que o rei dos quadrinhos, Jack Kirby! Bom divertimento.